sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Rav Moshe declara que somente a Universidade Judaica Caraíta está autorizada a ensinar os brasileiros

Shalom,

Somente a KJU (divisão espanhola) é autorizada pelo Moetzet
Hakhamim Israelense (Conselho de Sábios de Israel) para educar as
pessoas do Brasil.

Se alguém disser que tem a autorização do Moetzet Hakhamim Israelense
(Conselho de Sábios de Israel) para educar os brasileiros, então, por
favor, peça-lhe para mostrar documentos que comprovem isto.


Mensagem original:

Shalom,

Only the KJU (Spanish division) is authorised by israeli Moetzet
Hakhamim to educate brasiliam people.

If someone else say he have the authorised by israeli Moetzet Hakhamim
to educate brasiliam people so please ask them to show documents that
prove it.



Best Regards & Kol Tuv
_____________________________
Rabbi Moshe Yosef Firrouz
Beer-Sheva, Israel

Vice-Chancellor
Karaite Jewish University

http://kjuonline.com/
http://karaim.net/

Cell:   +9720544918348
Tel :   + 972775409701
Fax :  + 97286472909

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Hakham Meir Rekhavi se pronuncia sobre a COMJUCASE

O Hakham Meir Rekhavi publicou em 18/09/2013 no Facebook:

As Chancellor of the Karaite Jewish University it my duty to unequivocally state that contrary to the claims of COMJUCASE (a Brazilian based organization) the Karaite Jewish University does not support nor recognize this organization in any degree. It should also be known that the Karaite Council of Sages in Israel is of the same position as the Karaite Jewish University in this matter.

Como Chanceler da Universidade Judaica Caraíta é meu dever afirmar inequivocamente que, contrariamente às alegações da COMJUCASE (uma organização sediada no Brasil) a Universidade Judaica Caraíta não apóia nem reconhece esta organização, em nenhum grau. Também deve-se saber que o Conselho de Sábios Caraítas em Israel é da mesma posição que a Universidade Judaica Caraíta nesta matéria.


quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Aviso: cuidado com as falsas conversões no Brasil

Chegaram-nos informações de que uma comunidade que se auto-proclama "judaica caraíta" no Brasil está fazendo conversões e emitindo certificados de conversão.

Confirmamos: conversões caraítas são realizadas apenas nos Estados Unidos pela organização Karaite Jews of America após o candidato a conversão haver aprovado no curso da Universidade Judaica Caraíta.

Este Beit Din brasileiro não é um Beit Din caraíta e, tampouco seus "rabinos" são reconhecidos pela Confederação Israelita do Brasil. Portanto, o certificado de conversão emitido por dita comunidade não vale para nada dentro do universo judaico oficial!

Se algum de vocês foi vítima deste golpe, levem mensagens de e-mail, comprovante de depósito, o certificado de conversão e outros documentos na delegacia de polícia local e registrem boletim de ocorrência por charlatanismo e estelionato. Após haver registrado o B.O., abram inquérito policial para averiguação dos referidos crimes, desta forma, estaremos combatendo a "indústria de fé".

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Republicação da Hagadah Caraíta - 2002

Comentário por rav Avraham Kefeli para a republicação da Hagadah Caraíta- 2002

Traduzido da versão inglesa de Libor Nissim Valko

por

Ezrá ben Yosef

Determinação das Festas

Antes de nós iniciarmos a esclarecer o Pessach e a leitura tradicional da Hagadah, seria proveitoso explicar algumas das determinações especificas das festas caraítas, que são baseadas somente nos textos da Sagrada Escritura.
Os Caraítas costumam guardar somente as festas mencionadas na Bíblia Hebraica, pois os caraítas não seguem as festas judaicas que não têm apoio nas Sagradas Escrituras (por exemplo, Hanuka, TuviShvat, LagbaOmer, ...). Os Caraítas muitas vezes celebram as festas ordenadas pela Torah em diferentes dias do que os rabanitas, que usam um sistema diferente de calendário.
O calendário dos rabanitas tem (como o calendário dos cristãos) firmemente com antecipação número de dias definido, e as festas podem cair somente nos dias definidos:  
Isto significa que Pessach não poderia ser de acordo com os rabinos na Segunda - feira, na Quarta - feira e na Sexta - feira.
Aceret não poderia ser de acordo com os rabinos na Terça - feira, na Quinta - feira e no Sábado.
Rosh ha-Shana não poderia ser de acordo com os rabinos no Domingo, na Quarta - feira e na Sexta - feira.
Kippur não poderia ser de acordo com os rabinos no Domingo, na Terça - feira e Sexta - feira.
Purim não poderia ser de acordo com os rabinos no Sábado, na Segunda - feira e na Quarta - feira.

Nós caraítas costumamos seguir estas palavras: (Salmo 104: 19), sobre o mencionado sistema rabínico de festas que não tem apoio na Torah. O começo dos meses nós costumamos determinar com base em pesquisa direta da Lua Nova (o mês às vezes tem 29 dias, e às vezes 30 dias), o início dos dias (inclusive das festas) nós costumamos determinar com base no pôr-do-sol. A semana começa no Domingo (primeiro dia) e termina no Sábado.
Como é evidente, todas as festas e jejuns nós costumamos iniciar e finalizar no momento do pôr-do-sol. As datas das festas são derivadas com base na Lua Nova.

Três festas - shalosh regalim são muito importantes para o Povo de Israel. Estas festas foram estabelecidas em memória da saída de nossos antepassados do Egito e fazer-nos lembrar os grandes atos de bondade que Deus (bendito seja Seu Nome) fez pelo Povo de Israel:

1) escolheu o Povo de Israel e o libertou da escravidão no Egito;

2) Através de Moshe rabenu alav hashalom (Moisés, nosso mestre - a paz esteja com ele) nos deu Sua Santa, Perfeita Escritura e Verdadeira Torah;

3) no tempo da andança no deserto Sua milagrosa proteção escoltou o Povo de Israel.
Graças a estes três eventos nós celebramos estas três festas:
Pessach, Shavuot e Sukot.


Pessach

Pessach (festa da misericórdia) é a primeira das três festas de peregrinação.
Pessach tem duração de sete dias do décimo - quinto ao vigésimo - primeiro dia do primeiro mês (aviv), isto significa que este mês cai no início da primavera:
No primeiro mês, no décimo - quarto dia do mês, a noite é a páscoa de YHWH. E no décimo - quarto dia do mesmo mês é a festa dos pães sem fermento para YHWH; sete dias vós comereis pães sem fermento. (Lev. 23:5-6)

Antes do dia santo é necessário destruir todo fermentado (hametz) em nossas casas, incluindo todo fermentado em utensílios e talheres. Inaceitável é o costume rabínico de vender produtos fermentados para os seguidores de outras religiões e após os dias santos comprar estes de volta. Seis tipos de cereais colhidos são necessários peneirar com ajuda de tela de malha fina para estar sem grumos incorridos pela absorção de umidade.

Antes do dia santo é necessário cozinhar pães sem fermento (matzot).
Os pães sem fermentos são feitos de massa sem fermento sem sal.
Por sete dias nós costumamos comer pães não fermentados no lugar do pão regular para o memorial da saída dos Israelitas do Egito, que foi às pressas, isto quer dizer sob condições que não permitiram preparar pães de fermento.
Nossos antepassados foram forçados a cozinhar panquecas com pressa como está escrito:
E cozeram bolos ázimos da massa que levaram do Egito, porque não se tinha levedado, porquanto foram lançados do Egito; e não se puderam deter, nem prepararam comida. (Ex 12:39)
Sete dias comereis pães ázimos; ao primeiro dia tirareis o fermento das vossas casas; porque qualquer que comer pão levedado, desde o primeiro até ao sétimo dia, aquela alma será cortada de Israel. (Ex 12:15)
No primeiro mês, aos catorze dias do mês, à tarde, comereis pães ázimos até vinte e um do mês à tarde. (Ex 12:18)

O primeiro dia de Khag ha-matzot (festa dos pães não fermentados) e no último dia shevie atzeret (sétimo dia de assembléia) são os mais importantes da festa mikrae kodesh.
No momento da festa, todo trabalho é proibido, exceto preparação da comida.
Os dias entre o primeiro dia e o último dia são semi-dias santos.
Durante o semi-dia santo é proibido todo trabalho manual árduo, somente o trabalho suave é tolerável (trabalho no escritório, venda em shop, etc.).
E ao primeiro dia haverá santa convocação; também ao sétimo dia tereis santa convocação; nenhuma obra se fará neles, senão o que cada alma houver de comer; isso somente aprontareis para vós. (Ex 12:16)
Seis dias comerás pães ázimos e no sétimo dia é solenidade ao SENHOR teu Deus; nenhum trabalho farás. (Dt 16:8)

Breve hino ou Haggadah - história

Todo karaim têm que ler e contar a história para os filhos dentro do ciclo familiar sobre os Israelitas que deixaram o Egito e sobre o sentido do Pessach.
Nós costumamos identificar o Sábado antes do Pessach como Grande Sábado, este dia os Israelitas obtiveram a alegre mensagem sobre a libertação do cativeiro egípcio. Neste Sábado, nós costumamos ler na Kenesa o Grande hino, história sobre a libertação e milagres que ocorreram durante o Pessach extendendo-se com poesia litúrgica (piyutim) e canções especiais usadas somente para este dia.
Na tarde da festa nós costumamos ler em casa Pequeno hino, que é conhecido como Haggadah - história: E anunciarás a teu filho naquele dia, dizendo: Por isto YHWH me fez sair do Egito. (Ex 13:8)
Publicação da Haggada por S.A. Prik (Odessa 1901) contem texto hebraico original, assim como tradução russa paralela.
É tradição ler a Haggadah no idioma santo original com comentário na língua do país. Todas as pessoas presentes costumam ler a Hagada com recitações melodiosas.
No momento do entardecer da festa nós costumamos ler Pequeno hino, isto é a Haggadah - História: E anunciarás a teu filho naquele dia, dizendo: Por isto YHWH me fez sair do Egito. (Ex 13:8)

Este comentário contém uma sugestão da Providência Divina e as palavras associadas de Deus:

1. O cumprimento de milagres - mudanças das leis da natureza que Deus revelou as pessoas que acreditam que as estrelas, o sol e a lua são deuses. Graças aos milagres feitos no Egito foi que a humanidade aprendeu sobre a existência do Deus Altíssimo, que está sobre as leis da natureza e da órbita celeste, e que está apto para mudá-las;

2. A profecia ao nosso antepassado Abraão (Avraham avinu alav ha-shalom), que sua descendência será oprimida por 400 anos em um país estrangeiro: E disse Deus para Abraão: Sabe com certeza que tua descendência será peregrina em terra que não lhe pertence, e a farão servir e a afligirão por quatrocentos anos. (Gn 15:13)

3. No dia da saída dos israelitas do Egito, Deus entrou na aliança com Moisés e prometeu-lhe a terra abençoada e ampla, terra que emana leite e mel, a terra dos cananeus, dos heteus, amorreus, perizeus, jebuseus e dos girgaseus como propriedade;

4. Deus julgou os ídolos do Egito:

a. o rio Nilo, a partir do qual saiu do sapos, e que foi transformado em sangue;

b. a constelação de Áries - no momento do Pessach, os israelitas sacrificaram cordeiros. Os egípcios, assim como os hindus não comem carne e qualquer alimento feito de carne era abominável para eles:

E serviram-lhe à parte, e a eles também à parte, e aos egípcios, que comiam com ele, à parte; porque os egípcios não podem comer pão com os hebreus, porquanto é abominação para os egípcios. (Gen 43,32)

E naquele dia eu separarei a terra de Gósen, em que meu povo habita, que nela não haja enxames de moscas, para que saibas que eu sou o SENHOR no meio desta terra. (Ex 8,22)

Os karaim aprovam a poligamia?

Poligamia. 

Não há proibição nas Escrituras para poligamia, mas na maioria dos países onde os Karaim vivem hoje em dia a poligamia é proibida. Os karaim sempre obedecem às leis dos países aonde vivem.

No Brasil poligamia é crime. Nenhuma pessoa com base na religião pode alegar o direito de ter outras mulheres em nosso país.

Devemos respeitar as leis de nosso país e nossa cultura brasileira que não admite a poligamia.

Que os atos das pessoas que reivindicam praticar o Caraísmo Judaico no Brasil não venham a denegrir a imagem de uma religião tão bela como tem o Judaísmo Caraíta.

Estas práticas são alheias aos caraítas de todo mundo há muito tempo. Até mesmo em Israel, na Criméia, nos Estados Unidos, e outros lugares do mundo a poligamia é proibida e os caraítas que vivem nestas regiões obedecem fielmente às leis dos países onde vivem.

A poligamia não é um mandamento da Torah e, nem mesmo um mandamento da religião, e o pior, aqui no Brasil é CRIME e tem pena de reclusão.

Os caraítas são judeus!

Traduzido da versão espanhola de Oved ben Avraham
Por
Ezrá ben Yosef

Apresento-lhes uma recopilação de dados de diferentes rabinos na que em várias ocasiões disseram claramente que os caraítas são judeus “com todas as letras da lei”. E não significa que necessitamos da aprovação dos rabinos para saber se somos judeus ou não, temos muita certeza de nossa judaicidade. No entanto, publico por causa daqueles comentários de pessoas com falta de conhecimento ou por causa daqueles supostos judeus que desejam criar discórdia entre os membros do povo falando mentiras.

Declaração do rabino Ovadia Yosef: Judeus da Amazonia Por Ariel Segal Freilich

A grande disputa entre os caraítas e os judeus ortodoxos se prolongou até 1973, quando o rabino chefe da comunidade sefaradi de Israel, Ovadia Yosef, reconheceu os caraítas como judeus para todos os efeitos. Esta proclamação não alterou o acordo que permite aos caraítas cumprir seus próprios assuntos civis.

JPost.com: Pergunte ao rabino: Oh, irmão

No século 20, o Estado de Israel reconheceu o direito dos caraítas imigrarem sob a Lei do Retorno. O rabinato, todavia, continua com uma postura muito dividida no que tange aos casamentos entre caraítas e outros judeus. Enquanto que, o proeminente rabino Ashkenazi Abraham Sherman (Tehumin 19) e o rabino Eliezer Waldenburg (Tzitz Eliezer 5:16) criticaram duramente este tipo de casamentos, o rabino sefaradi, Ovadia Yosef (Yabia Omer EH 8:12) e Eliahu Bakshi-Doron (Tehumin 18:20), adotaram posições mais flexíveis, especialmente nos casos em que os descendentes dos caraítas não tem nenhuma lealdade para com os rituais de seus antepassados. É verdade que estes casos continuam sendo raros, no entanto, representam, não obstante, um fascinante capítulo nas lutas em curso sobre o status pessoal e os casamentos em Israel.

Declarações do rabino chefe David Chayim Chelouche:

The Jerusalem Post: o que estabelece a lei (oral) Por Joshua Freeman

O rabi Chayim David Chelouche, o rabino chefe de Netanya, concorda: “os caraítas são judeus”, diz Chelouche, que escreveu muito sobre os caraítas. Nós os aceitamos como judeus e, cada um deles, que desejar voltar [à corrente principal do judaísmo] os aceitaremos de volta. (Certa vez perguntaram se os caraítas tinham que se submeter a uma circuncisão simbólica para passar ao judaísmo rabínico, porém o rabinato disse que não era necessário).

Assembleia Rabínica

Rabino David H. Lincoln

Este documento foi aprovado no dia 28 de março de 1984 por um total de 12 votos contra 2. Membros que votaram a favor: Rabinos Kassel Abelson, Isidoro Aizenberg, Salomon Faber, David M Feldman, Morris Feldman, Robert Gordis, David H Lincoln, Mayer E Rabinowitz, Phillip Sigal, Israel N Silverman, Harry Z Sky e Henry A Sosland.

As votações na oposição: o rabino Morris M Shapiro. Abstenções: rabino Joel Roth.

CONCLUSÃO:

Em resposta às perguntas do rabino Skopitz, portanto, direi o seguinte:

1. Sua situação pessoal não deve ser questionada. Eu, com o apoio adequado haláchico, rejeitarei a questão do safek mamzerut.

2. Sim, eles são judeus em todos os sentidos!

3. Não tenho certeza do que se pretende com a pergunta sobre o Estado de Israel. Em Israel, há um Beit Din independente para realizar casamentos e tratar do divórcio. Nem os caraítas, nem as comunidades rabínicas têm permitido "casamentos mistos". O rabino Isaac Klein cita fontes que indicam exceções, inclusive em Israel, que se sente que podem augurar uma nova tendência ali. Nossa situação na diáspora é muito diferente. Tem sido a lição da história que as seitas (quer sejam judaicas ou gentílicas) que saem de seu entorno natural ou que estão separadas do corpo principal de seguidores, em geral se assimilam e desaparecem. Este é o caso dos drusos fora de seus povos sírio-libanês-israelense ou a Donmeh fora de Salonica e Istambul. Aqui nos Estados Unidos, sobretudo, os caraítas desejam se identificar com a comunidade rabínica - em Israel são um grupo independente mais numeroso. Temos que abandoná-los? Provavelmente desapareceriam e mais judeus se perderiam. Estamos em um momento de nossa história em que não se pode permitir esta perda. 


Por conseguinte, recomendo que os aceitemos sem reservas.

Traduzido do blog Judaísmo Karaíta de Oved ben Avraham. 
Disponível em: http://www.karaita.org/2013/09/los-caraitas-son-judios.html